Uma edição. Um colaborador. Um livro.

Aí estão as indicações de livros dos nossos colaboradores de março. Cada vez mais plurais e interessantes, temos desde Freud à Herman Hesse. E dessa vez o post está diferente: se interessou pelo livro? Veja o número dele no canto e abaixo entenda por quê foi indicado, e não se esqueça: se quiser ler é só clicar no título e comprar: pesquisamos os melhores preços por aí. Boa leitura!

1 – Cesar Cruz acaba de ler e indica O Vale de Solombra, de Eustáquio Gomes: “Um livro delicioso. Um romance lúdico, com um pé no realismo fantástico, escrito em curtos capítulos e com a pena firme deste grande escritor brasileiro, para a maioria pouco conhecido. Recomendo fortemente!”

2 – Luiz Gonzaga indica  O Mal-Estar na Culturade Sigmund Freud: “Interessante ensaio, onde Freud observa e tenta explicar porquê vivemos uma dolorosa e incansável busca pela felicidade, cercando-nos de coisas, regras, leis e, culpa.”

3 – Katherine Funke indica Do avesso, de Renato Tardivo: “Tenho gostado de ler contistas brasileiros contemporâneos: o humor inteligente de Reginaldo Pujol Filho, a ficção científica de Luiz Bras, a coesão bem trabalhada de Carol Bensimon. “Do Avesso”, seleção de 19 contos curtos lançada em 2010, vem com umas palavras de incentivo de João Anzanello Carrascoza, o que não é qualquer coisa! Li agora, em 2012. Gosto de como ele se propôs a ser simples: contar boas histórias, sem rodeios, e ponto final. E são histórias boas mesmo, como a do homem que assume a identidade de algum visitante esperado no aeroporto, ou a do terapeuta que se revela um paranóico. O ponto de vista é quase sempre o do interior dos personagens, mas nem por isso usa sempre a primeira pessoa. É inventivo, certeiro, um belo exercício da arte do conto.”

4 – Angelo Colesel indica Paulo Leminski: o bandido que sabia latim, de Toninho Vaz. “Biografia do maior poeta paranaense, que foi mais que um poeta, mais que um professor, mais que um jornalista, mais que um poliglota, mais que um judoca, mais que um erudito, mais que um amante  e marido, mais que um ser. Ele foi pleno em tudo o que fez, ‘viveu’ no mais puro sentido da palavra e deixou seu rastro poético e intelectual que é latente e vivo através do tempo!”

5 – Léo Tavares indica Adrienne Mesurat, de Julien Green “Esta obra, repleta de um lirismo angustiante, se constitui, através de uma perturbadora narração psicológica, como uma tecitura de devaneios e reflexões acerca do tédio, do vazio e da liberdade. O desmoronamento interno da protagonista é revelado sem concessões e a escrita de Green traz uma brutalidade insuspeita dentro da delicadeza. Mesurat é uma das protagonistas femininas mais interessantes e comoventes da história da literatura, e Green se situa naquele grupo de autores capazes de trazer à tona o inenarrável. Este é um romance de perplexidade e assombro, onde a própria existência humana se instaura como ponto de conflito. O mal do século nunca esteve tão presente.”

6 – Luiz Fernando Priamo acaba de ler e indica Não devemos nada a você, “que é uma coletânea de entrevistas da revista punk norte-americana Punk Planet. Fui inserido no mundo da linguagem artística através do punk. Participei de bandas, fanzines, etc. e essas entrevistas me ajudaram a reforçar um pensamento positivo sobre atitudes  independentes.”

7 – Iago Passos indica O lobo da estepe, de Herman Hesse, “que conta a história de Herry Haller, um velho amargurado e cansado da vida que se diz ter dois seres dentro de sí, o lobo, marcado pelo lado selvagem e inadaptado, e o homem que é sua parte culta, bem comportada. O livro retrata uma viagem de Harry para dentro de sí em busca de redenção e de um um mundo atemporal, acima deste em que vivemos. De diversas interpretações (essa é a minha) é um livro fácil de se identificar pois trata de sentimentos e frustrações que todos nós já passamos ou vamos um dia passar.”